REPRODUÇÃO ANIMAL: TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES EM ANIMAIS, E A INDÚSTRIA DE EMBRIÕES NO BRASIL -/- ANIMAL BREEDING: EMBRYO TRANSFER IN ANIMALS, AND THE EMBRYO INDUSTRY IN BRAZIL Apoio: Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Departamento de Zootecnia da UFRPE E-mail: [email protected] WhatsApp: (82)98143-8399 -/- 1. INTRODUÇÃO A técnica da inseminação artificial tornou possível aumentar o impacto na descendência de touros geneticamente superiores em termos de produção láctea das filhas. Com a transferência de embriões é possível aumentar o impacto da fêmea sobre (...) a população das filhas. A transferência de embriões data de 1890, ano em que Heape obteve o nascimento de coelhos transferindo ovócitos fecundados de uma fêmea para outra. A partir de 1930, é repetida uma série de experiências para desenvolver a técnica e aplicá-la em ovinos, caprinos (1934) e bovinos (1951) como espécies mais idôneas para a reprodução. A Inglaterra e os Estados Unidos estabeleceram as bases para o comércio de embriões durante os anos sessenta e setenta. De forma resumida, a transferência de embriões implica na estimulação da produção de ovócitos mediante a aplicação de hormônios: cerca de 6-8 dias após a cobrição dessas fêmeas ou da sua inseminação artificial, os óvulos fertilizados são extraídos dos órgãos genitais da fêmea doadora por perfusão ou lavagem com soluções biológicas controladas e testadas, originando-se uma deposição dos gametas fecundados nas fêmeas receptoras que serão encarregadas de levar adiante a gestação e o parto sem influência sobre as produções do novo indivíduo. 2. MANEJO DAS FÊMEAS DOADORAS É relativamente fácil obter um embrião, uma vez que pode origina-se a partir do cio natural das vacas cíclicas. No entanto, a fim de otimizar a técnica, o normal é «superovular» a fêmea doadora e obter um número superior de gametas fecundadas após cada lavagem ou perfusão das genitais. A maioria das fêmeas doadoras são tratadas com gonadotrofinas (PMSG) ou com hormônios estimuladores da foliculogênese (FSH). Estes hormônios invertem a atresia normal de folículos permitindo uma maturação, que em condições normais não se realizaria. O mecanismo exato do funcionamento destas hormonas não é totalmente claro. A superovulação multiplica por um fator de 10 o número de ovócitos recuperados no caso das vacas, ovelhas e cabras, mas apenas por um fator 2 ou 3 no caso das porcas. Existe um acordo geral sobre a utilização das gonadotrofinas; a PMSG deve ser aplicada durante a transição da fase luteica para a folicular, ou seja, no 16º dia do ciclo. As doses de gonadotrofinas variam entre 1500 e 3000 UI em bovinos, aumentando a resposta e a variabilidade individual com o aumento da dose. A resposta ao tratamento varia de acordo em função de diversos fatores. Neste contexto, merecem especial atenção a espécie, a raça, a época e a conformação corporal do animal, bem como o lote de fabricação da preparação hormonal (quadro 7.1). Estudos demonstram que, nos bovinos, as raças de corte respondem melhor ao tratamento do que as raças leiteiras. Tabela 1: Doses de gonadotrofinas em UI -/- Espécie Dia do ciclo Crescimento folicular_ ___ PMSG FSH Ovulação _____ PMSG FSH Bovinos 8 – 10 1500 – 3000 20 – 50 1500 – 2000 75 – 200 Caprinos 16 – 17 1000 – 1500 12 – 20 1000 – 1500 50 – 75 Ovinos 12 – 14 1000 – 2000 12 – 20 1000 – 1500 50 – 75 Suínos 15 – 17 750 – 1500 10 – 20 500 – 1000 25 – 50 Coelhos — 25 – 75 2 – 3 25 – 75 2 – 3 Fonte: HAFEZ, 2004. O FSH também é utilizado para superovulação em várias espécies. Nos ovinos, injetam-se 2 mg desta hormona 12 horas antes da retirada das esponjas, aplicando-se mais três injeções, com um intervalo de 12 horas, até 24 horas após a retirada das esponjas, o que corresponde a um total de 8 mg de FSH injetados por tratamento e animal. Às vezes, e dependendo do país, existem dificuldades para a obtenção desse hormônio em condições de pureza adequada para que o tratamento proporcione o resultado esperado. Nas vacas dadoras devem ter passado mais de 50 dias após o último parto: também ser animais cíclicos, encontrar-se num nível nutricional elevado e em aumento, sem deficiências especificas alimentares. Existe uma indicação de suplementação das fêmeas doadoras com minerais essenciais antes do tratamento. 3. OBTENÇÃO DE EMBRIÕES Uma vez as fêmeas doadoras inseminadas, entre o sexto e o oitavo dia, procede-se a coleta dos embriões. Para isso, atualmente se utilizam cateteres de obtenção transcervical (tipo Foley, Rusch. etc.) munidos de uma bola insuflável na sua extremidade que permite criar um compartimento estanque na parte distal do córneo uterino e proceder ao arrasto dos embriões ali localizados. Para obter esta «lavagem» utiliza-se uma solução aquosa tamponada: o meio mais frequentemente utilizado é o tampão fosfato salino (PBS: pH = 7; PO = 280 - 290 mOsm/kg) suplementado com antibióticos e proteínas. Depois de recuperado o meio de lavagem, os embriões devem ser isolados do volume total, avaliados segundo critérios do Manual da Sociedade Internacional de Transferência de Embriões de acordo com seu estado de desenvolvimento. Código numérico para determinar o grau de desenvolvimento embrionário: N° 1: ovócito não fertilizado ou embrião de uma célula (1 dia). N° 2: Identifica embriões com 2 a 16 células (2-4 dias). N° 3: Identifica mórulas adiantadas (5-6 dias). N° 4: Identifica mórulas compactas de 6 dias de idade. N° 5: blastocisto adiantado (7 dias). N° 6: blastocisto (7-8 dias). N° 7: blastocisto expandido (8-9 dias). N° 8: blastocisto eclodido (9 dias) a partir do nono ou décimo dia o blastocisto já está fora da zona pelúcida. Além da classificação por estado de desenvolvimento, a referida Sociedade Internacional estabeleceu uma categorização dos embriões com base na qualidade dos mesmos. Assim os denomina: 1: excelente; 2: bom; 3: regular; 4: degenerado. Segundo as investigações de diversos autores especialistas no tema não devem ser transferidos embriões que não tenham sido classificados como excelentes ou bons. A obtenção dos embriões pode ser realizada em uma clínica, em unidades móveis especializadas, ou na própria fazenda. Em todo o caso, a doadora não deve apresentar quaisquer sintomas clínicos de doença, sendo esta responsabilidade direta do veterinário. O rebanho de onde provém a doadora deve estar livre de medidas cautelares sanitárias. Os técnicos devem estar adequadamente limpos e preparados para esta atuação, em um lugar tranquilo e que permita a colocação de equipamentos e material em condições limpas e seguras. 4. TÉCNICAS DE TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES Recomenda-se que os embriões sejam transferidos o mais rápido possível depois da recuperação. A fêmea receptora deve apresentar um ambiente uterino o mais semelhante possível ao da fêmea doadora. Isto quer dizer que a receptora também será mantida num sistema de sincronização para que coincida o mais possível o estágio de desenvolvimento embrionário com seu correspondente estado uterino. A margem de assincronia para evitar efeitos indesejáveis é de ± 24 horas. Os métodos hormonais de sincronização são análogos aos das doadoras. As técnicas para a deposição dos embriões no seu novo habitat podem ser igualmente cirúrgicas e não cirúrgicas, mas devido aos problemas do uso de anestésicos em técnicas cirúrgicas, as transferências foram direcionadas para modelos não-cirúrgicos ou transcervicais. Este método é baseado na utilização do colo uterino de forma análoga como é realizada na inseminação artificial. Devido às relações entre o embrião e o ovário, as porcentagens de fertilidade são aumentadas ao serem depositadas no corno ipsilateral no ovário que se encontra ativo. A utilização desta técnica implica na obtenção de mais fêmeas gestantes. O uso de novilhas como fêmeas receptoras aumenta também a taxa de gestações a partir de uma maior facilidade de manejo, uniformidade na resposta hormonal e um custo mais baixo. O fator humano ou habilidade do técnico que realiza esta técnica também constitui um fator que influencia decisivamente no êxito da transferência, encontrando-se variações de 20 a 60% devidas a este fator. 5. CONTROLES SANITÁRIOS Com a utilização da inseminação artificial, verificou-se que, embora as tecnologias reprodutivas colaborativas fossem mais avançadas em termos de técnicas destinadas a aumentar a produtividade individual, da mesma forma, podem constituir um perigo de contaminação e de dispersão de doenças estrangeiras para o grupo ou rebanho para onde são transferidos os novos genes. Neste contexto, a transferência embrionária (TE) deve realizar-se tendo em conta os riscos que pode implicar uma manipulação inadequada. Uma vez mais, a Sociedade Internacional (IETS) na Reunião Regional da OIE (Oficina Internacional de Epizootias) estabeleceu as normas em 1985 para que a TE pudesse ser utilizada como meio para controle de doenças na pecuária. Para que a utilização da TE se realize sem risco para a saúde, é necessário ter em conta um certo número de regras e condições específicas que evitem os riscos de contaminação. O embrião está separado do meio externo por três barreiras de proteção: o corpo da mãe, o útero por si só e a terceira, e mais importante, pela zona pelúcida, a qual nos animais domésticos tem demonstrado ser totalmente impermeável a qualquer elemento patogênico, desde que fique intacta. Portanto, o risco de contaminação dos embriões pode vir por duas vias diferentes: a) Fatores extrínsecos - por invasão dos agentes patogênicos na cavidade uterina principalmente. Isto está relacionado com o estado sanitário médio do país, região ou rebanho de origem. b) Fatores intrínsecos - Segundo Thibier podemos considerar diferentes fontes potenciais de contaminação, que segundo o risco sanitário se classificam nas seguintes ordens: 1° Zigoto. 2° Penetração. 3° Absorção. 4° Armazenamento. 5° Exame. 6° Transferência. Os esforços para que os embriões se tornem livres de contaminação devem ser semelhantes aos que são efetuados com os animais vivos e com as doses seminais. O momento mais perigoso encontra-se entre a coleta das células fecundadas e a sua deposição, após seu exame, no trato reprodutivo da receptora. As condições em que o referido processo deve ser realizado encontram-se detalhadas no manual da Sociedade Internacional de Transferência de Embriões (IETS). 6. REGRAS DA IETS A transferência de embriões é a via mais segura para a troca de genes. No entanto, os técnicos devem esforçar-se por manter todas as regras e normas sanitárias para que a coleta e a manipulação dos embriões se realizem sob condições de absoluta garantia higiênica e sanitária. A transferência embrionária implica, pela primeira vez na história da medicina veterinária, que a vigilância sanitária não se aplica estritamente ao animal, uma vez que, na sua fase "in vitro", está inteiramente sob o controle do técnico. Por conseguinte, não haverá futuro para este tipo de biotecnologia se, paralelamente, não houver um elevado nível de garantia de que não «servirá» para não disseminar ou difundir doenças. As conclusões da Sociedade Internacional de Transferência de Embriões (IETS) na sua reunião anual de 14 de Janeiro de 1992 estabelecem, tendo em conta a revisão efetuada em 1991 pela Subdireção de Investigação e pelo Comitê de Importação e Exportação, uma classificação das doenças. Esta classificação corresponde às seguintes categorias: Categoria 1 - Doenças ou agentes de doenças para as quais foram recolhidas provas suficientes para afirmar que o risco de transmissão é negligenciável, desde que os embriões sejam corretamente manipulados entre a coleta e a transferência: a) Leucose bovina enzoótica. b) Febre aftosa (bovinos). c) Língua azul (bovinos). d) Brucelose bovina. e) Rintraqueíte infecciosa bovina. f) Doença de Aujeszky. Categoria 2 - Doenças para as quais foram recolhidas provas substanciais que indicam que o risco de transmissão é insignificante, desde que os embriões sejam corretamente manipulados entre a coleta e a transferência, mas para as quais é necessário verificar os dados existentes através de novas transferências: a) Peste suína clássica. Categoria 3 - Doenças ou agentes de doenças para as quais os resultados preliminares indicam que o risco de transmissão é insignificante, desde que os embriões sejam corretamente manipulados, entre a coleta e a transferência, mas para os quais essas verificações preliminares devem ser corroboradas por dados experimentais complementares "in vitro" e "in vivo": a) Peste bovina. b) Diarreia viral bovina. c) Língua azul (ovinos). d) Febre aftosa (suínos, ovelhas e cabras). e) Campylobacter fetus (ovinos). f) Doença vesicular do porco. g) Peste suína africana. h) Prurido lombar (ovinos). i) Haemophilus somnus. Categoria 4 - Doenças ou agentes de doenças que foram ou são objeto de trabalhos preliminares: a) Vírus Akabane (bovino). b) Estomatite vesicular (bovinos e suínos). c) Chlamydia psittaci (bovinos e suínos). d) Ureaplasma/micoplasmose (bovinos e caprinos). e) Maedi-visna (ovino). f) Adenomatosa pulmonar (ovino). g) Prurido lombar (caprinos). h) Língua azul (caprinos). i) Artrite e encefalite caprina. j) Parvovírus (suíno). k) Enterovírus (bovinos e suínos). I) Leptospirose (suíno). m) Herpesvírus 4 dos bovinos. n) Mycobacterium paratuberculose (bovinos). o) brucelose ovina. p) Doença de Border (ovinos). q) Vírus parainfluenza 3 (bovinos). r) Agente da encefalopatia espongiforme bovina. É interessante salientar que apenas seis doenças estão incluídas na categoria 1 (a mais segura). Isso não significa que as outras doenças tenham um risco maior, apenas indica que o risco de transmissão das doenças da categoria 1 é irrelevante, estatisticamente falando. É importante assinalar que as doenças mais importantes dos bovinos se situam na categoria 1. Isto significa que a incidência do embrião patogênico nos bovinos parece ser perfeitamente controlável, desde que sejam adotadas metodologias adequadas. Isto serve também como linha de defesa adicional para que o técnico centre sua atenção e cuidados entre a fase de obtenção e a de transferência. 7. SITUAÇÃO ATUAL DA TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES ANIMAIS NO BRASIL O Brasil é um dos grandes responsáveis mundiais pela implantação da tecnologia na reprodução animal, sendo assim, o país conseguiu inserir-se no mercado internacional como um dos maiores produtores de embriões in vivo e in vitro. Nas últimas duas décadas, especialmente entre os anos de 1997 e 2017 o país passou por importantes transformações nesse segmento, dentre essas transformações vale destacar a posição relativa do Brasil no contexto mundial. O Brasil passou de referência regional, nos anos 1990, para se tornar o maior produtor mundial de embriões entre os anos 2012 e 2013, sendo líder no uso e na produção de embriões in vitro. Os primeiros registros da TE produzidos in vivo no Brasil datam da década de 1980, e uma década depois o país já tornara-se referência e detinha um mercado consolidado de produção e TE na espécie bovina. Não obstante, no ano de 1997 o país ainda era referência apenas no contexto regional, detendo 68,3% dos embriões transferidos na América Latina, esse percentual corresponde a 24.085 embriões de um total de 35.254 produzidos na América Latina. Esse percentual regional representa apenas 6,6% de toda a produção mundial de embriões in vivo, que produziu, em 1997, 360.656 embriões in vivo. Nos últimos anos, o mercado de embriões, principalmente o bovino, teve retração moderada de -2,5% ao ano entre 2003 e 2018, porém essa retração contrasta com o ligeiro crescimento observado a partir dos anos 2000 conforme figura 1: Figura 1: Produção de embriões bovinos no Brasil no período 1996-2018, total e por tecnologia adotada (in vivo[IVD] ou in vitro [IVP]). Em 2018, o mercado de embriões bovinos manteve-se inalterado se compararmos com os três anos anteriores, houve reduções nós segmentos de corte, leite e no total comparado ao ano de 2017. Em 2014, a produção de embriões para melhoramento do gado leiteiro teve seu ápice, porém de lá para cá esse mercado manteve-se estagnado como demonstra a tabela 2. Tabela 2: Produção de embriões bovinos no Brasil em 2018, estratificada por segmento e por tecnologia adotada (in vivo ou in vitro). 7.1 Crise, economia e mercado de embriões A indústria de embriões reflete, em maior ou menor grau, o momento da economia brasileira. Apesar do segmento agropecuário ser um setor em constante crescimento no país, ao qual, sem dúvidas, em meio a inúmeras crises mantém-se em constante crescimento. Porém vale ressaltar que esse mercado é emergente e está refletido em paralelo com os bens produzidos pelo país, como demonstra a figura 2. Figura 2: Produção de embriões bovinos e variação no produto interno bruto (PIB) no Brasil, no período 1996-2018. Cada vez mais o setor agropecuário do Brasil investe em novas tecnologias que maximizem o mercado e que melhore a produção dos animais seja no segmento corte ou leite. Segundo a OCDE, 1997, essa indústria da produção de embriões é um conjunto de novas técnicas e processos, frutos do desenvolvimento técnico-científico, que chega ao mercado e - o mais importante - o transforma. Logo, todas essas técnicas e biotecnologias visam, além da alta produção e do lucro, o melhoramento e a suplementação alimentícia da população mundial que está em crescente avanço. A evolução da tecnologia embrionária no país, seja para o melhoramento dos equinos para os esportes como as vaquejadas, hipismo, corridas, etc., onde são investidos tempo, dedicação e dinheiro para formar um novo animal que apresente força, conformação, conversão alimentar e que custa milhões, em muitos casos, não só dos equinos, mas também dos caprinos, ovinos, suínos e até mesmo os bovinos onde o mercado da TE é mais presente e aquecida, venceu os estigmas do “modismo” e o chamado “elitismo”, porém deve enfrentar novos desafios, em especial num contexto de forte concentração do mercado de genética e de concorrência globalizada. Mesmo com todos esses avanços e retrocessos, essa relativização dos números demonstra que um percentual bastante reduzido das fêmeas bovinas que estão em idade reprodutiva é utilizado para a técnica da transferência de embriões, e que o mercado brasileiro ainda tem um grande potencial de crescimento no setor de produção in vivo e in vitro. 8. RESUMO E PRIMEIRAS CONCLUSÕES Ao longo deste trabalho pretendi realizar uma revisão sumária sobre um tema de grande importância presente, e sobretudo futura; referir-me à transferência embrionária. Atualmente, esta técnica atingiu um grau notável de penetração, a nível prático, no gado leiteiro. No entanto, num futuro mais ou menos longínquo, não temos dúvidas quanto a esta técnica, pelas vantagens indubitáveis que apresenta a nível de avanço genético, que será aplicada em outras espécies úteis ao homem. Na minha exposição, tentei dar especial ênfase a dois aspectos: as técnicas de transferência, incluindo as normas IETS e os controles sanitários a serem efetuados. Por fim, a indústria brasileira de embriões mostrou-se em retrocessos e avanços, porém o mercado ainda têm grandes desafios a serem enfrentados ao longo dos anos, mas que serão sanados mediante as técnicas desenvolvidas pelos inúmeros centros de pesquisa embrionárias e seus especialistas. -/- Realização -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – Departamento de Zootecnia da UFRPE. Recife, 2020. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -/- BALL, Peter JH; PETERS, Andy R. Reproduction in cattle. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 2008. BARUSELLI, Pietro Sampaio et al. Sêmen sexado: inseminação artificial e transferência de embriões. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v. 31, n. 3, p. 374-381, 2007. BRACKELL, B. G.; JR SEIDEL, G. E.; SEIDEL, S. Avances en zootecnia nuevas técnicas de reproducción animal. Zaragoza: Acribia, 1988. COLE, H. H.; CUPPS, P. T. Reproduction in domestic animals. 1ª ed. Londres: Academic Press, 1977. CURTIS, John L. et al. Cattle embryo transfer procedure. 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In Brazil, the social demand for veterinary expertise is growing. However, there is still a shortage of professionals trained in this area to apply specific knowledge to each case. Studies and research into forensic veterinary medicine are necessary for veterinary experts to assist in investigations and legal proceedings. Veterinary medicine has subjects on its curriculum that cover the knowledge needed to apply in the fields of animal health, public health and the environment. The interaction between human and veterinary medicine, as (...) well as other areas of health, is of great importance in the prevention and control of various diseases, both in animals and humans. Some cases of infectious bovine abortion have a major impact not only on cattle farming and animal health, but also on public and environmental health. The concept of "One Health" integrates human medicine and health professionals. In this context, knowledge of infectious abortive diseases that affect animal, human and environmental health is fundamental. Cattle are affected by specific infectious abortive diseases, caused by pathogens with different forms of presentation and transmission mechanisms. These include brucellosis, leptospirosis and listeriosis, which are potentially zoonotic diseases. Controlling these diseases can contribute to effective public health actions and reduce global health risks. In order to establish the diagnosis of these diseases, it is essential to properly collect specimens from live or dead animals under biosafety and biosecurity conditions, following the chain of custody for each case. These procedures allow for greater success in diagnosing the suspected agent and facilitate the investigation of other causes. Animal health standards for the prophylaxis and control of these diseases are established by specific legislation, including those of the Ministry of Agriculture, Livestock and Supply (MALS). This literature review was based on current knowledge on the Pubmed platform, Google Scholar, articles and textbooks. The aim of this article is to identify, understand and discuss the main infectious abortive diseases of cattle in the legal and forensic context, which have an impact on cattle farming, animal health, food safety, public and environmental health. -/- Referências bibliográficas Abdullah, N. M., Mohammad, W. M. Z. W., Shafei, M. N., Sukeri, S., Idris, Z., Arifin, W. N., Nozmi, N., Saudi, S. N. S., Samsudin, S., & Zainudin, A.-W. (2019). Leptospirosis and its prevention: knowledge, attitude and practice of urban community in Selangor, Malaysia. BMC Public Health, 19(1), 1–8. Agrimani, D. S. R., Rui, B. R., Cruz, I. V, Romano, R. M., & Lopes, H. C. (2011). 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Cognitive representations are typically analysed in terms of content, vehicle and format. While current work on formats appeals to intuitions about external representations, such as words and maps, in this paper we develop a computational view of formats that does not rely on intuitions. In our view, formats are individuated by the computational profiles of vehicles, i.e., the set of constraints that fix the computational transformations vehicles can undergo. The resulting picture is strongly pluralistic, it makes space for a variety (...) of different formats, and is intimately tied to the computational approach to cognition in cognitive science and artificial intelligence. (shrink)

In a recent paper, Trevor Hedberg and Jordan Huzarevich assessed a number of objections against practical apatheism, concluding that they are either unsuccessful or at least very controversial. The aim of this discussion note is to contribute to their discussion by presenting and analysing a short argument for a reason in favor of apatheism; one that appeals to a particular universalist formulation of the thesis of theodical individualism. After briefly introducing a distinction between a particular and a universal version of (...) apatheism, I present the argument, assess its merits in light of some objections to it, I conclude that at least one reason in favor of a particular practical apatheistic position is warranted by it. Finally, I suggest some alternative reasons that could be advanced in favor of apatheism, and I distinguish between strong and weak forms of apatheism. (shrink)

O último livro escrito por Nietzsche, Ecce homo: como alguém se torna o que se é, é uma de suas obras mais controversas, tendo sido tomada como sinal de prepotência, como autoexposição egocêntrica e como prenúncio do colapso que interrompeu sua trajetória intelectual em janeiro de 1889. As controvérsias foram alimentadas, em parte, pela peculiar narrativa encontrada no livro – ele conta a si sua vida e obra em tom elogioso e hiperbólico –, em parte, pelo fato de que a (...) tardia publicação de Ecce homo, ocorrida apenas em 1908, favoreceu o contraste com o apócrifo A vontade de poder – reunião de anotações publicada em 1901 como ‘obra principal’ de Nietzsche. Nosso propósito neste artigo é refletir sobre as possíveis contribuições do teor ‘autobiográfico’ e ‘autocrítico’ de Ecce homo para o caminho de pensamento do filósofo alemão. Nossa hipótese é que a narrativa experimentada no livro possui uma íntima relação com temas precedentes da obra nietzschiana e com a tarefa da transvaloração de todos os valores. Por meio de uma autoencenação, da colocação de um certo ‘Nietzsche’ em cena, o filósofo avança em sua crítica à metafísica – e à sua versão popular, a moral cristã – enquanto realça a mundanidade de sua perspectiva, seu caráter contingente e seu condicionamento pelas “pequenas coisas”, decisão que nos parece carregar uma relevante dimensão filosófica: Nietzsche assume a parcialidade e explicita o interesse envolvido em sua tomada de posição no seio da cultura. (shrink)

This entry considers the philosophical subject called 'metaphysics'. There have been many conceptions of metaphysics, and metaphysics has faced severe criticism throughout the history of philosophy and continues to do so. Besides discussing some major trends in analytic metaphysics - understood as 'metaphysics done by analytic philosophers' - we consider some of the criticisms and possible responses.

According to the communication desideratum (CD), a notion of semantic content must be adequately related to communication. In the recent debate on indexical reference, (CD) has been invoked in arguments against the view that intentions determine the semantic content of indexicals and demonstratives (intentionalism). In this paper, I argue that the interpretations of (CD) that these arguments rely on are questionable, and suggest an alternative interpretation, which is compatible with (strong) intentionalism. Moreover, I suggest an approach that combines elements of (...) intentionalism with other subjectivist approaches, and discuss the role of intuitions in developing and evaluating theories of indexical reference. (shrink)

The aim of this paper is to introduce, elucidate and defend the usefulness of a variant of grounding, or metaphysical explanation, that has the feature that the grounds explain of some states of affairs that one of them obtains without explaining which one obtains. I will dub this variant arbitrary grounding. After informally elucidating the basic idea in the first section, I will provide three metaphysical hypotheses that are best formulated in terms of arbitrary grounding in the second section. The (...) third section will be concerned with the relation between arbitrary grounding and non-arbitrary grounding. The fourth section will compare arbitrary grounding to two extant proposals in the literature. (shrink)

I propose a pragmatic approach to the kind of reference-shifting occurring in indexicals as used in e.g. written notes and answering machine messages. I proceed in two steps. First, I prepare the ground by showing that the arguments against such a pragmatic approach raised in the recent literature fail. Second, I take a first few steps towards implementing this approach, by sketching a pragmatic theory of reference-shifting, and showing how it can handle cases of the relevant kind. While the immediate (...) scope of the paper is restricted to indexicals and reference-shifting, and the discussion is confined to a specific range of theories and cases, the approach proposed is compatible with a fairly broad range of more or less semantically conservative theories, and many of the conclusions drawn are significant for the evaluation of pragmatic explanations in philosophy more generally. The overall goal is to offer a new perspective on the issues under discussion, and to prompt philosophers to reconsider some of the established methods by which pragmatic explanations are evaluated. (shrink)

One important challenge for contingentists is that they seem to be unable to account for the meaning of some apparently meaningful modal discourse that is perfectly intelligible for necessitists. This worry is particularly pressing for higher-order contingentists, contingentists who hold that it is not only contingent which objects there are, but also contingent which semantic values there are for higher-order variables to quantify over. Objections against higher-order contingentism along these lines have been presented in Williamson (Mind 119(475):657–748, 2010; Modal logic (...) as metaphysics, Oxford University Press, 2013, ch. 7), and Fritz and Goodman (Mind 126(504):1063–1108, 2017). This paper presents a way for contingentists to respond to these challenges. The upshot is that the contingentist can account for the meaningfulness of the problematic modal claims by pretending necessitism to be true, but in some cases it turns out to be indeterminate whether they are true. I defend this strategy against the objections against pretence-strategies presented in Fritz and Goodman (Mind 126(504):1063–1108, 2017, §4). Furthermore, I defend the plausibility of the resulting indeterminacy from the contingentist’s perspective. (shrink)

This paper develops the metaphysical hypothesis that there are irreducibly collective pluralities, pluralities of objects that do not have a singular object among them. A way to formulate this hypothesis using plural quantification will be proposed and the coherence of irreducibly collective existence will be defended. Furthermore, irreducibly collective existence will be shown to allow for bottomless scenarios that do not involve things standing in relations of parthood. This will create logical space for an anti-atomistic form of mereological nihilism.

This paper concerns how extant theorists of predictive coding conceptualize and explain possible instances of cognitive penetration. §I offers brief clarification of the predictive coding framework and relevant mechanisms, and a brief characterization of cognitive penetration and some challenges that come with defining it. §II develops more precise ways that the predictive coding framework can explain, and of course thereby allow for, genuine top-down causal effects on perceptual experience, of the kind discussed in the context of cognitive penetration. §III develops (...) these insights further with an eye towards tracking one extant criterion for cognitive penetration, namely, that the relevant cognitive effects on perception must be sufficiently direct. Throughout these discussions, we extend the analyses of the predictive coding models, as we know them. So one open question that surfaces is how much of the extended analyses are genuinely just part of the predictive coding models, or something that must be added to them in order to generate these additional explanatory benefits. In §IV, we analyze and criticize a claim made by some theorists of predictive coding, namely, that (interesting) instances of cognitive penetration tend to occur in perceptual circumstances involving substantial noise or uncertainty. It is here that our analysis is most critical. We argue that, when applied, the claim fails to explain (or perhaps even be consistent with) a large range of important and uncontroversially interesting possible cases of cognitive penetration. We conclude with a general speculation about how the recent work on the predictive mind may influence the current dialectic concerning top-down effects on perception. (shrink)

Turing’s much debated test has turned 70 and is still fairly controversial. His 1950 paper is seen as a complex and multilayered text, and key questions about it remain largely unanswered. Why did Turing select learning from experience as the best approach to achieve machine intelligence? Why did he spend several years working with chess playing as a task to illustrate and test for machine intelligence only to trade it out for conversational question-answering in 1950? Why did Turing refer to (...) gender imitation in a test for machine intelligence? In this article, I shall address these questions by unveiling social, historical and epistemological roots of the so-called Turing test. I will draw attention to a historical fact that has been only scarcely observed in the secondary literature thus far, namely that Turing’s 1950 test emerged out of a controversy over the cognitive capabilities of digital computers, most notably out of debates with physicist and computer pioneer Douglas Hartree, chemist and philosopher Michael Polanyi, and neurosurgeon Geoffrey Jefferson. Seen in its historical context, Turing’s 1950 paper can be understood as essentially a reply to a series of challenges posed to him by these thinkers arguing against his view that machines can think. Turing did propose gender learning and imitation as one of his various imitation tests for machine intelligence, and I argue here that this was done in response to Jefferson's suggestion that gendered behavior is causally related to the physiology of sex hormones. (shrink)

Let intentionalism be the view that what proposition is expressed in context by a sentence containing indexicals depends on the speaker’s intentions. It has recently been argued that intentionalism makes communicative success mysterious and that there are counterexamples to the intentionalist view in the form of cases of mismatch between the intended interpretation and the intuitively correct interpretation. In this paper, I argue that these objections can be met, once we acknowledge that we may distinguish what determines the correct interpretation (...) from the evidence that is available to the audience, as well as from the standards by which we judge whether or not a given interpretation is reasonable. With these distinctions in place, we see that intentionalism does not render communicative success mysterious, and that cases of mismatch between the intended interpretation and the intuitively correct one can easily be accommodated. The distinction is also useful in treating the Humpty Dumpty problem for intentionalism, since it turns out that this can be treated as an extreme special case of mismatch. (shrink)

Modal dispositionalists hold that dispositions provide the foundation of metaphysical necessity and possibility. According to the kind of modal dispositionalism that can be found in the present literature, a proposition p is possible just in case some things are disposed to be such that p. In the first part of this paper I show that combining this classic form of dispositionalism with the assumptions that the laws of nature are necessary and deterministic and that all dispositions are forward-looking in time (...) leads to the unattractive conclusion that every truth is necessary. I argue that the classic dispositionalist should be troubled by this result and in the second part of the paper I suggest a novel variant of dispositionalism that avoids it. This extended form of dispositionalism allows that some propositions are only indirectly underwritten by dispositions. (shrink)

During the last couple of decades, several attempts have been made to come up with a theory that can handle the various semantic, logical and philosophical problems raised by the vagueness of natural languages. One of the most influential ideas that have come into fashion in recent years is the idea that vagueness should be analysed as a form of context sensitivity. Such contextualist theories of vagueness have gained some popularity, but many philosophers have remained sceptical of the prospects of (...) finding a tenable contextualist solution to the problems of vagueness. This paper provides an introduction to the most popular contextualist accounts, and a discussion of some of the most important arguments for and against them. (shrink)

We articulate a distinction between ontology, understood as involving existence questions, and metaphysics, understood as either providing for metaphysical profiles of entities or else as dealing with fundamentality and/or grounding and dependence questions. The distinction, we argue, allows a better understanding of the roles of metaontology and metametaphysics when it comes to discussing the relations between ontology and science on the one hand, and metaphysics and science on the other. We argue that while ontology, as understood in this paper, may (...) have reasonable perspectives for naturalization, given its relation to science, the same cannot be said for metaphysics, given that it is typically understood as an additional theoretical layer over science, not participating in the scientific investigation. That may result either in skepticism over metaphysics, or else on accepting that metaphysics is an autonomous branch of investigation, depending on one’s concern for metaphysics. (shrink)

According to the person-affecting view, the ethics of welfare should be cashed out in terms of how the individuals are affected. While the narrow version fails to solve the non-identity problem, the wide version is subject to the repugnant conclusion. A middle view promises to do better – the Interpersonal Comparative View of Welfare (ICV). It modifies the narrow view by abstracting away from individuals’ identities to account for interpersonal gains and losses. The paper assesses ICV’s merits and flaws. ICV (...) solves the non-identity problem, avoids the repugnant conclusion, and seems to accommodate the person-affecting intuition. But it cuts too many things along the way: ICV obstructs the advantage of the wide view to account for all future individuals’ welfare, abandons the intuitions that underlie the narrow view, and even violates its own presuppositions by turning out to be merely pseudo person-affecting. (shrink)

This paper contributes to answering the question how physicalism can be defined for a world without fundamental physical phenomena. In a recent paper in this journal, Torin Alter, Sam Coleman, and Robert J. Howell propose a necessary condition on physicalism. They argue that physicalism is true only if there is no infinitely descending chain of mentally constituted phenomena. I argue that this alleged necessary condition faces counterexamples. An infinitely descending chain of mentally constituted phenomena is compatible with physicalism. Afterwards I (...) propose a simpler definition of physicalism that does not fall prey to my counterexample. (shrink)

In the debate over what determines the reference of an indexical expression on a given occasion of use, we can distinguish between two generic positions. According to the first, the reference is determined by internal factors, such as the speaker’s intentions. According to the second, the reference is determined by external factors, like conventions or what a competent and attentive audience would take the reference to be. It has recently been argued that the first position is untenable, since there are (...) cases of mismatch where the intuitively correct reference differs from the one that would be determined by the relevant internal factors. The aim of this paper is to show that, contrary to this line of argument, it is the proponent of the second position that should be worried, since this position yields counterintuitive consequences regarding communicative success in cases of mismatch. (shrink)

I argue that recent attempts to deflect Access Problems for realism about a priori domains such as mathematics, logic, morality, and modality using arguments from evolution result in two kinds of explanatory overkill: the Access Problem is eliminated for contentious domains, and realist belief becomes viciously immune to arguments from dispensability, and to non-rebutting counter-arguments more generally.

Does Kant hold that we can have intuitions independently of concepts? A striking passage from § 13 of the Critique of Pure Reason appears to say so explicitly. However, it also conjures up a scenario where the categories are inapplicable to objects of intuition, a scenario presumably shown impossible by the following Transcendental Deduction. The seemingly non-conceptualist claim concerning intuition have therefore been read, by conceptualist interpreters of Kant, as similarly counterpossible. I argue that the passage in question best supports (...) an underappreciated middle position where intuition requires a pre-conceptual use of the understanding. Such pre-conceptual use of the understanding faces both textual and systematic objections. I show that these objections can be rebutted. (shrink)

Scientific realism is typically associated with metaphysics. One current incarnation of such an association concerns the requirement of a metaphysical characterization of the entities one is being a realist about. This is sometimes called “Chakravartty’s Challenge”, and codifies the claim that without a metaphysical characterization, one does not have a clear picture of the realistic commitments one is engaged with. The required connection between metaphysics and science naturally raises the question of whether such a demand is appropriately fulfilled, and how (...) metaphysics engages with science in order to produce what is called “scientific metaphysics”. Here, we map some of the options available in the literature, generating a conceptual spectrum according to how each view approximates science and metaphysics. This is done with the purpose of enlightening the current debate on the possibility of epistemic warrant that science could grant to such a metaphysics, and how different positions differently address the thorny issue concerning such a warrant. (shrink)

In this article it is defended that the notion known as “The mark of the cognitive” is better characterized as a process that performs the function of generating intelligent behavior, in a flexible and adaptive way, capable of adapting to circumstances, given it is a context sensitive process. For that, some relevant definitions of cognition are examined. In the end, it is pointed out that the definition of the mark of cognition as a context-sensitive process takes into account several factors (...) that were added as constitutive parts of cognitive phenomena over the years, especially the 4E Cognition, which cannot be satisfactorily accommodated alongside the preceding notions of cognition. Accordingly, this essay shouldn’t be mistaken merely as an exercise in intellectual history, but as a brief and accessible attempt to advance the debate. (shrink)

The goal of this paper is to present a new reconstruction of Aristotle's assertoric logic as he develops it in Prior Analytics, A1-7. This reconstruction will be much closer to Aristotle's original...

The notion of intelligence is relevant to several fields of research, including cognitive and comparative psychology, neuroscience, artificial intelligence, and philosophy, among others. However, there is little agreement within and across these fields on how to characterise and explain intelligence. I put forward a behavioural, operational characterisation of intelligence that can play an integrative role in the sciences of intelligence, as well as preserve the distinctive explanatory value of the notion, setting it apart from the related concepts of cognition and (...) rationality. Finally, I examine a popular hypothesis about the underpinnings of intelligence: the capacity to manipulate internal representations of the environment. I argue that the hypothesis needs refinement, and that so refined, it applies only to some forms of intelligence. (shrink)

This chapter explains Franz Brentano's metaethical theory and how it purports to deal with such difficulties. Brentano explains correctness in emotions by analogy with correctness in judgements. For a judgement to be correct is for it to concord with a judgement made by someone who judges with self-evidence (Evidenz). Self-evident judgements are guaranteed to be correct, and they are based either on "inner perception" or on presentations of objects that are rejected apodictically. Brentano's metaethical theory concerns first and foremost the (...) psychology of valuing and of moral judgement. Brentano is clearly a cognitivist about evaluative and moral judgement; such judgements are judgements about the correctness of feelings, and judgements are cognitive acts. However, one aspect of his position that seems congenial to contemporary expressivism. This has to do with expressivist treatments of disagreement. Brentano's views seem akin to the kind of foundationalist intuitionism that is traditionally associated with non-naturalism. (shrink)

The main goal of this paper is to work out Quine's account of explication. Quine does not provide a general account but considers a paradigmatic example which does not fit other examples he claims to be explications. Besides working out Quine's account of explication and explaining this tension, I show how it connects to other notions such as paraphrase and ontological commitment. Furthermore, I relate Quinean explication to Carnap's conception and argue that Quinean explication is much narrower because its main (...) purpose is to be a criterion of theory choice. (shrink)

In lieu of an abstract, here is a brief excerpt of the content:Spinoza and the Theory of Organism HANS JONAS I CARTESIANDUALISMlanded speculation on the nature of life in an impasse: intelligible as, on principles of mechanics, the correlation of structure and function became within the res extensa, that of structure-plus-function with feeling or experience (modes of the res cogitans) was lost in the bifurcation, and thereby the fact of life itself became unintelligible at the same time that the (...) explanation of its bodily performance seemed to be assured. The impasse became manifest in Occasionalism : its tour de force of an extraneous, divine "synchronization" of the outer and the inner world (the latter denied to animals) not only suffered from its extreme artificiality, the common failing of such ad hoc constructions, but even at so high a cost failed to accomplish its theoretical purpose by its own terms. For the animal machine, like any machine, raises beyond the question of the "how" that of the "what for" of its functioning---of the purpose for which it had thus been constructed by its maker.1 Its performance, however devoid of immanent teleology, must serve an end, and that end must be someone's end. This end may (directly) be itself, as indeed Descartes had implied when declaring self-preservation to be the effect of the functioning of the organic automaton. In that case the existence as such of the machine would be its end--either terminally, or in turn to benefit something else. In the former case, the machine would have to be more than a machine, for a mere machine cannot enioy its existence. But since, by the rigorous conception of the res extensa, it cannot be more than a machine, its function and/or existence must serve something other than itself. Automata in Descartes ' time were mainly for entertainment (rather than work). But the raison d'etre of the living kingdom could not well be seen in God's indulging his mechanical abilities or in the amusement of celestial spectators--especially since mere complexity of arrangement does not create new quality and thus add something to the unrelieved sameness of the simple substratum that might enrich the spectrum of being. For quality, beyond the primitive determinations of the extended per se, is the subjective creature of sensation, the confused representation of quantity in a mind; and thus organisms cannot harbor it because as mere machines they lack mentality, and pure spirits cannot because they lack sensuality, or the privilege of confusion and thereby of illusion with its possible enjoyment. And as to their intellectual enjoyment, even that, deprived of the thrill of discovery by the same token, would pale in the contemplation of what to sufficiently large The concept of "machine," adopted for its strict confinementto efficientcause, is still a finalisticconcept,even thoughthe final cause is no longer internal to the entity, as a mode of its own operation,but external to it as antecedent design. [43] 44 HISTORY OF PHILOSOPHY intellects is nothing but the ever-repeated exemplification of the same few, elementary (and ultimately trivial) truths. There remained, then, the time-honored--Stoic as well as Christian--idea that plants and animals are for the benefit of Man. Indeed, since the existence of a living world is the necessary condition for the existence of any of its members, the self-justifying nature of at least one such member (= species) would justify the existence of the whole. In Stoicism, Man provided this end by his possession of reason, which makes him the culmination of a terrestrial scale of being that is also self-justifying throughout all its grades (the end as the best of many that are good in degrees) ; in Christianity, by his possession of an immortal soul, which makes him the sole imago Dei in creation (the end as the sole issue at stake) ; and Cartesian dualism radicalized this latter position by making man even the sole possessor of inwardness or "soul" of any kind, thus the only one of whom "end" can meaningfully be predicated as he alone can entertain ends. All other life then, the product of physical necessity, can be considered his means. However, this traditional idea, in its anthropocentric vanity never a... (shrink)

This paper questions the adequacy of the explicit cancellability test for conversational implicature as it is commonly understood. The standard way of understanding this test relies on two assumptions: first, that that one can test whether a certain content is conversationally implicated, by checking whether that content is cancellable, and second, that a cancellation is successful only if it results in a felicitous utterance. While I accept the first of these assumptions, I reject the second one. I argue that a (...) cancellation can succeed even if it results in an infelicitous utterance, and that unless we take this possibility into account we run the risk of misdiagnosing philosophically significant cases. (shrink)

Pluralist mathematical realism, the view that there exists more than one mathematical universe, has become an influential position in the philosophy of mathematics. I argue that, if mathematical pluralism is true (and we have good reason to believe that it is), then mathematical realism cannot (easily) be justified by arguments from the indispensability of mathematics to science. This is because any justificatory chain of inferences from mathematical applications in science to the total body of mathematical theorems can cover at most (...) one mathematical universe. Indispensability arguments may thus lose their central role in the debate about mathematical ontology. (shrink)

What is it that makes a mental state conscious? Recent commentators have proposed that for Kant, consciousness results from differentiation: A mental state is conscious insofar as it is distinguished, by means of our conceptual capacities, from other states and/or things. I argue instead that Kant’s conception of state consciousness is sensory: A mental state is conscious insofar as it is accompanied by an inner sensation. Interpreting state consciousness as inner sensation reveals an underappreciated influence of Crusius on Kant’s view, (...) solves some long-standing puzzles concerning Kant’s difficult doctrine of self-affection, and sheds light on his theory of inner experience. (shrink)

The existence of fundamental moral disagreements is a central problem for moral realism and has often been contrasted with an alleged absence of disagreement in mathematics. However, mathematicians do in fact disagree on fundamental questions, for example on which set-theoretic axioms are true, and some philosophers have argued that this increases the plausibility of moral vis-à-vis mathematical realism. I argue that the analogy between mathematical and moral disagreement is not as straightforward as those arguments present it. In particular, I argue (...) that pluralist accounts of mathematics render fundamental mathematical disagreements compatible with mathematical realism in a way in which moral disagreements and moral realism are not. 11. (shrink)

According to extension-shifting theories of vagueness, the extensions of vague predicates have sharp boundaries, which shift as a function of certain psychological factors. Such theories have been claimed to provide an attractive explanation of the appeal of soritical reasoning. I challenge this claim: the demand for such an explanation need not constrain the semantics of vague predicates at all.

The German philosopher Martin Heidegger’s seminal essay “Building, Dwelling, Thinking”, published in 1954, is one of the texts which has had most influence on architectural thinking in the second half of 20th and early 21st century. What much of modern and postmodern architectural thinking extracts from Heidegger’s text and revolves around is the understanding of building and dwelling as more or less abstract forms of being without taking into account the people inhabiting space. In these traditions little has been said (...) about what the Danish architect Jørn Utzon adds to the term “being” and announces as the most important aspect of architecture: Well-being understood as human well-being. The present paper means to re-interpret Heidegger’s text critically in order to rethink dwelling and building within an architectural context, presenting Jørn Utzon’s work and thinking as a lifelong search for the architecture of well-being. (shrink)

In this paper, I argue that Amie Thomasson’s Easy Ontology rests on a vicious circularity that is highly damaging. Easy Ontology invokes the idea of application conditions that give rise to analytic entailments. Such entailments can be used to answer ontological questions easily. I argue that the application conditions for basic terms are only circularly specifiable showing that Thomasson misses her self-set goal of preventing such a circularity. Using this circularity, I go on to show that Easy Ontology as a (...) whole collapses. (shrink)

Schizophrenia is usually described as a fragmentation of subjective experience and the impossibility to engage in meaningful cultural and intersubjective practices. Although the term schizophrenia is less than 100 years old, madness is generally believed to have accompanied mankind through its historical and cultural ontogeny. What does it mean to be “mad”? The failure to adopt social practices or to internalize cultural values of common sense? Despite the vast amount of literature and research, it seems that the study of schizophrenia (...) and of the psychoses is suffering from a generic disintegration. In this introduction, we offer an historical overview of the variety of theories and approaches to schizophrenia. We also provide an overview of how the authors in this volume attempt an integrative account where training, practice, theory and research are considered as parts of a larger whole. This is a varied and pluralistic volume, and it is up to the readers to make use of different chapters according to their own needs. (shrink)

Sören Halldén’s logic of nonsense is one of the most well-known many-valued logics available in the literature. In this paper, we discuss Peter Woodruff’s as yet rather unexplored attempt to advance a version of such a logic built on the top of a constructive logical basis. We start by recalling the basics of Woodruff’s system and by bringing to light some of its notable features. We then go on to elaborate on some of the difficulties attached to it; on our (...) way to offer a possible solution to such difficulties, we discuss the relation between Woodruff’s system and two-dimensional semantics for many-valued logics, as developed by Hans Herzberger. (shrink)

A well-known trilemma faces the interpretation of Kant’s theory of affection, namely whether the objects that affect us are empirical, noumenal, or both. I argue that according to Kant, the things that affect us and cause representations in us are not empirical objects. I articulate what I call the Causal Power Argument, according to which empirical objects cannot affect us because they do not have the right kind of power to cause representations. All the causal powers that empirical objects have (...) are moving powers, and such powers can only have spatial effects. According to Kant, however, the representations that arise in us as a result of the affection of our sensibility are non-spatial. I show that this argument is put forward by Kant in a number of passages, and figures as a decisive reason for rejecting empirical affection and instead endorsing affection by the things in themselves. (shrink)

Agent relativists about vagueness (henceforth ‘agent relativists’) hold that whether or not an object x falls in the extension of a vague predicate ‘P’ at a time t depends on the judgemental dispositions of a particular competent agent at t. My aim in this paper is to critically examine arguments that purport to support agent relativism by appealing to data from forced-march Sorites experiments. The most simple and direct versions of such forced-march Sorites arguments rest on the following (implicit) premise: (...) If competent speakers' judgements vary in a certain way, then the extensions of ‘P’ as used by these speakers must vary in the same way. This premise is in need of independent support, since otherwise opponents of agent relativism can simply reject it. In this paper, I focus on the idea that one cannot plausibly reject this premise, as that would commit one to implausible claims about linguistic competence. Against this, I argue that one can accommodate the data from forced-march Sorites experiments in a way that is compatible with a plausible picture of linguistic competence, without going agent relativist. Thus, there is reason to be sceptical of the idea that such data paired with considerations about linguistic competence can be invoked in order to lend any solid support to agent relativism. Forced-march Sorites arguments of this kind can, and should be, resisted. (shrink)

Particular persons have claims against being made worse off than they could have been. The literature, however, has focused primarily on only two-option cases; yet, these cases fail to capture all of the morally relevant factors, especially when a person’s existence is in question. This paper explores how to assess claims in multiple-option choice sets. We scrutinize the only extant proposal, offered by Michael Otsuka, which we call the Weakening View. In light of its problems, we develop an alternative: the (...) Combining View. The Weakening View holds that a person’s claim against a loss of well-being relative to one distribution is weakened by the availability of further alternatives relative to which the person gains well-being. By contrast, our view holds that a person has an overall claim for or against a certain distribution relative to the whole option set, where overall claims are second-order functions of the different pairwise claims. Finally, we defend the Combining View by exploring its implications for the impact of a person’s possible non-existence on their overall claims, and we develop a proposal for how the number of distributions relative to which a person gains or loses welfare influences the strength of their overall claims. (shrink)

Habermas’ ‘ethics of citizenship’ raises a number of relevant concerns about the dangers of a secularistic exclusion of religious contributions to public deliberation, on the one hand, and the dangers of religious conflict and sectarianism in politics, on the other. Agreeing largely with these concerns, the paper identities four problems with Habermas’ approach, and attempts to overcome them: the full exclusion of religious reasons from parliamentary debate; the full inclusion of religious reasons in the informal public sphere; the philosophical distinction (...) between secular and religious reasons; and the sociological distinction between ‘Western’ and ‘non-Western’ religions. The result is a revised version of the ethics of citizenship, which I call moderate inclusivism. Most notably, moderate inclusivism implies a replacement of Habermas’ ‘institutional translation proviso’ with a more flexible ‘conversational translation proviso’. (shrink)

This paper sets out to undermine the view that a commitment to the early modern conception of the mind as immortalized in Ryle’s metaphor of the (Cartesian) ghost in the machine and in Quine’s metaphor of the (Lockean) myth of the museum is required to articulate a defence of the sui generis character of humanistic explanations. These powerful metaphors have not only contributed to undermining the claim for methodological pluralism by caricaturizing the arguments for disunity in the sciences; they have (...) also, and more worryingly, planted red herrings that have diverted attention away from the genuine issues at stake. This paper is an exercise in removing these false clues to reveal what the claim for the autonomy of humanistic explanations really amounts to. (shrink)

This essay provides an overview of the ways in which contemporary philosophers have tried to make sense of ineffability as encountered in aesthetic contexts. Section 1 sets up the problem of aesthetic ineffability by putting it into historical perspective. Section 2 specifies the kinds of questions that may be raised with regard to aesthetic ineffability, as well as the kinds of answer each one of those questions would require. Section 3 investigates arguments that seek to locate aesthetic ineffability within the (...) object of aesthetic experiences, i.e. within aesthetic content. Section 4 discusses arguments that seek to locate aesthetic ineffability within the subject of aesthetic experience. (shrink)

This paper presents a discussion about how the necessity and teleology are present in the theory of nature in Empedocles and Aristotle. For this task we go through the fragments relate to the thought of Empedocles in the Poem From Nature as a central reference to the work The presocratic philosophers of Kirk and Raven, and the work Physics I and II of Aristotle.

Maimonides famously holds that, while it is perfectly possible to know (and say) that God exists, it is impossible to know (and say) what God is like because any positive attri- bution contradicts God’s essential oneness. Consequently, pure equivocity obtains between descriptions of the divine and descriptions of any other being. But this raises a puzzle: Knowledge of God seems vacuous if we lack all comprehension of God’s nature - so how can we have any comprehension of the divine without (...) being able to say what it is that we know? In this essay, I defend the substantiality of the concept of knowledge of God on Maimonides’ apophatic picture. Drawing on the concept of non-propositional knowledge, I argue that knowledge and comprehension can come apart, which lends support to Maimonides’ thesis that knowledge of God, though substantial and objective, cannot be expressed. (shrink)

ABSTRACT Kant famously claims that we have all freely chosen evil. This paper offers a novel account of the much-debated justification for this claim. I reconstruct Kant’s argument from his affirmation that we all have a price – we can all succumb to temptation. I argue that this follows a priori from a theoretical principle of the Critique of Pure Reason, namely that all empirical powers have a finite, changeable degree, an intensive magnitude. Because of this, our reason can always (...) be overpowered by sensible inclinations. Kant moreover holds that this necessary feature of our moral psychology should not have been the case: We ought to instead be like the divine human being, for whom the moral law yields a greater incentive than any possible temptation. On Kant’s view, we are thus responsible for having a price, and the synthetic a priori fact that we do proves that we each made an initial choice of evil. (shrink)